6. Quais são os custos do pacote sobre energia e clima?

O Relatório Stern estimou que o custo económico da inacção em matéria de alterações climáticas seria entre 5% e 20% do PIB mundial. Para não pagar este preço, a UE acordou desenvolver uma estratégia que contribui para que o aumento da temperatura não seja superior a 2. °C (relativamente aos níveis pré-industriais). Para tal será necessária uma redução, até 2050, de mais de 50% das emissões globais de gases com efeito de estufa relativamente aos níveis de 1990. A mais curto prazo, a UE fixou um objectivo de redução de 30% até 2020 para os países desenvolvidos. Para atingir esse fim, é essencial um acordo internacional abrangente.

Mediante a adopção de um compromisso independente de redução de 20%, a UE assume uma posição liderante na luta contra as alterações climáticas e demonstra aos nossos parceiros globais que é possível conciliar políticas ambientais com crescimento económico e prosperidade.

Contudo, a implementação do pacote exigirá um esforço económico considerável e maiores investimentos nas energias renováveis. As centrais eléctricas, os aparelhos e os transportes devem tornar-se mais eficientes em termos energéticos. A Comissão estimou o custo directo da redução das emissões no sistema de energia e de outras emissões para além do CO2 em todos os sectores em cerca de 0,6% do PIB – ou seja 90 mil milhões de euros – em 2020, se a UE atingir as necessárias reduções de emissões internamente. Os créditos de CO2 adquiridos através dos mecanismos flexíveis do Protocolo de Quioto reduzirão ainda mais estas emissões para 0,45% do PIB.

A nível macroeconómico, o PIB em 2020 seria reduzido em cerca de 0,35-0,5%. Por outras palavras, o crescimento do PIB seria anualmente reduzido em 0,04% a 0,06% entre 2013 e 2020.

Para saber mais do relatório Stern clique: